Grupo de Pesquisa Convergência e Jornalismo - ConJor
O conceito de ecologia da mídia sintetiza a ideia básica de que as tecnologias de comunicação e informação geram ambientes que afetam os sujeitos, modelam sua percepção e cognição; interferem na formação de identidades pessoais e de grupo, relações sociais e estruturas de poder (MEYROWITZ, 2009). Nesse ambiente, as pessoas são protagonistas efetivos, assumindo a centralidade dessa ecologia com a produção de novos conteúdos posteriores à recepção e com o consumo desses conteúdos produzidos pelo próprio público (BRAGA, 2006).
Diante da aceleração das inovações tecnológicas, o estudo da ecologia da mídia agora se depara com uma importante transformação no campo das interfaces: as plataformas digitais, infraestruturas programáveis que facilitam e moldam interações personalizadas entre usuários, organizadas por meio de coleta sistemática, processamento algorítmico, monetização e circulação de dados (POELL; NIEBORG; DIJCK, 2019).
O fenômeno da plataformização com suas novas possibilidades de interação e fluxos comunicacionais condiciona efeitos múltiplos, desde os processos de produção, rotinas produtivas e organização de empresas, passando pela emergência de novas profissões. Ao mesmo tempo, o fenômeno implica em novos hábitos de consumo e modos de apropriações individuais e coletivas da mídia, além de mudanças nas relações entre produtores e o público e no desenvolvimento de linguagens e formas de expressão.
O seminário tem por objetivos discutir as formas como a ecologia de mídia contemporânea cria ambientes sob o tensionamento do fenômeno da plataformização e entender as novas configurações dos processos de produção, circulação, recepção, bem como as conexões do ecossistema midiático com a cultura e a sociedade.
PROGRAMAÇÃO
Realização
Comissão Organizadora
Debora Cristina Lopez
Marcelo Freire
Natália Cortez
Carlos D’Andrea
Leonardo Melgaço
Nair Prata
Nelia Del Bianco